Estamos habituados a ter tudo feito à nossa medida e acabamos até por nem sequer reflectir no facto de existirem pessoas para quem a vida não está assim tão facilitada e na possibilidade de virmos a tornar-nos uma delas. Escravos de limitações de diversa natureza, pessoas com os mesmos direitos que todos os cidadãos vêm-se subjugadas a estruturas públicas totalmente inadequadas às suas necessidades, e isso aplica-se também à web.
Torna-se, assim, evidente a necessidade de levar em consideração as características e exigências próprias dos utilizadores para promover um meio WEB mais democratizado, nunca esquecendo que há utilizadores com necessidades especiais que deverão igualmente ser tidas em conta. É certo que lhes é garantido o mesmo direito que a todos os cidadãos para usufruir dos benefícios da Sociedade da Informação. No entanto, apesar de possuírem esse direito, continuam impossibilitados de o exercer completamente, já que a maioria dos sites existentes não estão construídos de forma a serem acessíveis a pessoas com necessidades especiais. Eis que nos deparamos com um paradoxo que se mantém vivo há anos, e julgo que será primordial um esforço também da parte do governo para, pelo menos, atenuar esta situação.
Em Portugal, começamos já a assistir a alguns progressos, apesar de modestos, para que este paradoxo se dissolva. Efectivamente, a Resolução do Conselho de Ministros nº 97/99, de 26 de Agosto de 1999, começa a delinear o caminho a seguir para atenuar a info-exclusão. Assim, inserida no plano de concretização da Iniciativa Nacional para os Cidadãos com Necessidades Especiais na Sociedade da Informação, esta Resolução do Conselho de Ministros visa assegurar que a informação disponibilizada pela Administração Pública na Internet, bem como pelos diversos institutos públicos, seja adequada para ser compreendida e pesquisável pelos cidadãos com necessidades especiais, “determinando-se que sejam adoptadas as soluções técnicas adequadas a que aquele objectivo seja alcançado.” (in ACESSO).
Ao contrário da legislação vigente nos Estados Unidos relativamente às condições de acessibilidade nos sites dos organismos estatais, que prevê multas pelo incumprimento das condições estabelecidas na lei, não tenho a certeza se em Portugal os organismos estatais que não cumpram as directrizes de acessibilidade são punidos. Todavia, o facto de não se verificar a presença de “punições" não deve impedir de trabalhar no sentido de não discriminar os cidadãos portadores de incapacidades motoras ou psíquicas.
Para promover a acessibilidade aos conteúdos WEB, será então necessário implementar formas de apresentação de conteúdos que permitam que a sua leitura possa ser feita por qualquer utilizador, em qualquer situação e com equipamentos diversos.
O W3C (World Wide Web Consortium) tem vindo já a desenvolver um trabalho importante no que diz respeito à promoção da acessibilidade. Este consórcio internacional dedica-se à criação de normas ou directivas que assegurem que a WEB se torna num meio efectivamente democratizado, acessível a qualquer utilizador, sejam quais forem as suas características cognitivo-motoras e os seus recursos informáticos.
Por sua vez, o site ACESSO é também exemplo de um site que dá indicações sobre questões de acessibilidade, apresentando um artigo intitulado “Requisitos de visitabilidade” bastante esclarecedor.
Tanto as directivas para a acessibilidade do W3C como os “Requisitos de visitabilidade” do site ACESSO apresentam sugestões para que os conteúdos WEB possam ser acedidos por todos (ou quase todos) os utilizadores. Uma delas é exactamente associar texto a cada elemento não textual (imagens ou sons), que pode ser feito através do atributo “alt” ou “longdesc”, como é referido no artigo “Requisitos de visitabilidade”. De facto, considera-se que o texto é acessível a quase todos os utilizadores, desde que seja possível manipulá-lo com leitores de ecrã e navegadores não visuais, usando sintetizadores de voz e/ou linhas Braille, e será extremamente útil para designar ou descrever o conteúdo e a função / intenção dos elementos não textuais. Proceder à legendagem de todas as imagens disponíveis, assim como à descrição das tabelas, será uma das formas para assegurar que todos os recursos, sem excepção, sejam acessíveis a todos os cidadãos que acedam ao site.
Outro aspecto importante para garantir que ninguém seja impedido de navegar pela informação devido a incapacidades de qualquer natureza será assegurar que as ligações textuais sejam palavras ou expressões compreensíveis fora do contexto. Um cego, por exemplo, recorre a um sintetizador de voz para navegar pela informação, e ligações formadas por "clique aqui", por exemplo, não são nada esclarecedoras para quem ouve apenas a informação das ligações. Do mesmo modo, deve-se também ter cuidado para que não seja usado várias vezes o mesmo texto para formar ligações diferentes, porque isso pode originar ambiguidade. Para além disso, permitir a activação dos elementos da página (links, etc) através do teclado é outro cuidado que se deverá ter
Será também útil para a acessibilidade assegurar a perceptibilidade do texto e dos elementos gráficos quando vistos sem cores. De facto, se a cor for o único veículo utilizado para transmitir informação, as pessoas daltónicas, bem como os utilizadores de dispositivos sem cor ou com monitores não visuais, não conseguirão receber essa informação.
As medidas acima referidas são apenas algumas das sugeridas pelo artigo “Requisitos de visitabilidade” do site ACESSO e pelas directivas do W3C. Uma lista completa dessas directivas do W3C seria:
1 - Fornecer alternativas ao conteúdo sonoro e visual
2 - Não recorrer apenas à cor
3 - Utilizar correctamente anotações e folhas de estilo
4 - Indicar claramente qual a língua utilizada
5 - Criar tabelas passíveis de transformação harmoniosa
6 - Assegurar que as páginas dotadas de novas tecnologias sejam transformadas harmoniosamente
7 - Assegurar o controlo do utilizador sobre as alterações temporais do conteúdo
8 - Assegurar a acessibilidade directa de interfaces do utilizador integradas
9 - Pautar a concepção pela independência face a dispositivos
10 - Utilizar soluções de transição
11 - Utilizar as tecnologias e as directivas do W3C
12 - Fornecer contexto e orientações
13 - Fornecer mecanismos de navegação claros
14 - Assegurar a clareza e a simplicidade dos documentos.
Todas estas directivas e respectiva explicação estão disponíveis no url http://www.utad.pt/wai/wai-pageauth.html.
Assim, torna-se evidente a obrigação de combater a info-exclusão numa Sociedade da Informação que deverá não só permitir que a maioria das pessoas tenha acesso aos seus benefícios, mas acima de tudo ajudar a melhorar a qualidade de vida e bem-estar de todos os cidadãos sem excepção.
Segundo a GUIA (Grupo Português pelas Iniciativas em Acessibilidade), o conceito de acessibilidade deverá ser analisado de acordo com três perspectivas: “utilizador”, “situação” e “ambiente”. Isto é, dever-se-á ter em conta as capacidades sensoriais e motoras de cada indivíduo para garantir que nenhum obstáculo se imporá entre o utilizador e a informação (perspectiva do “utilizador”), do mesmo modo que se deverá garantir que a informação é acessível e apropriada para ser funcional em qualquer situação, não estando o seu acesso condicionado por aspectos técnicos como software e hardware (perspectiva da “situação”) ou pelo ambiente físico envolvente (perspectiva do “ambiente”).
Se for feita uma análise segundo estas perspectivas, tornar a WEB num meio mais democrático será um objectivo obviamente mais próximo de ser alcançado. Mas para além dessa análise, será necessário dar atenção a aspectos relacionados com a interface homem-computador (que engloba desde ambientes / ferramentas informáticas a modelos / metáforas de interacção) e também a disponibilidade de informações e grau de familiarização dos utilizadores com os serviços da Internet. De facto, tanto a interface homem-computador como o grau de familiarização dos utilizadores é muito importante, na medida em que, se o utilizador reconhecer no meio virtual algo com que interaja no dia-a-dia e se se aperceber de que o meio virtual funciona tal como o meio físico, ser-lhe-á muito mais fácil interagir com o meio virtual, por exemplo.
Surgem, assim, estudos que pretendem descobrir formas de aumentar a acessibilidade na web tendo em conta grupos de utilizadores com necessidades especiais, aos quais muitas vezes essas necessidades não são reconhecidas. Esse é o caso do estudo de Márcia Barros de sales e de Walter de Abreu Cybis, que tenta desenvolver uma checklist para a avaliação da acessibilidade Web para utilizadores idosos.
Com efeito, as necessidades dos idosos são frequentemente menosprezadas pelos criadores de conteúdo web, mas o que é certo é que o envelhecimento comporta alterações cognitivo-motoras que se reflectem na capacidade deste grupo de utilizadores interagir com sistemas interactivos, como foi analisado no estudo acima referido.
Este estudo evidencia um interesse crescente de pessoas de idade mais avançada pelo uso da Internet, e a importância de conhecer e ter em conta aquando da produção de conteúdos WEB as alterações físicas e cognitivas que comportam necessidades especiais a estes utilizadores.
“À medida que as pessoas envelhecem, passam a ter algumas necessidades que surgem em função de problemas de ordem sensorial (como visão sub-reduzida, acuidade visual, audição, etc.), ordem física (motrocidade, etc) e cognitivas (redução da memória de curto termo)”.
Durante o estudo, que envolvia um trabalho de observação e análise de interacções realizadas por idosos na Web num workshop sobre como utilizar uma ferramenta de correio electrónico, foram identificadas as seguintes dificuldades de utilização:
1. dificuldade em acessar os textos das mensagens em virtude do “convite à interacção” mal posicionados, representado pela pequena caixa de selecção (checkbox) localizada no início da linha referente a uma mensagem;
2. dificuldades para realizar a acentuação dos caracteres, devido à padronização do teclado;
3. dificuldades de entendimento de termos técnicos como Inbox, Send Mail, lixeira, mover;
4. dificuldades para a visualização de ícones, devido ao seu tamanho reduzido;
5. dificuldades de compreensão do significado de ícones tais como: imagem de uma casa, sinal de positivo com o polegar, uma lanterna, uma seta apontando para uma porta, etc.;
6. dificuldades para a leitura dos textos devido ao tamanho reduzido das letras;
7. dificuldades para a leitura dos textos devido ao excesso de brilho no fundo da tela (branco);
8. dificuldades de visualização e de acionamento dos controles e comandos, a exemplo das caixas de seleção (check-box) para indicar as mensagens a serem excluídas, em função do tamanho reduzido;
9. dificuldades de visualização do cursor na tela devido ao seu tamanho reduzido e a sua forma excessivamente delgada;
10. dificuldades de navegação, particularmente para voltar para a caixa de entrada;
11. confusão e hesitação devido à dupla apresentação da barra de ferramentas, no início em o final da página, nos casos em que havia poucas mensagens.
12. os usuários manifestaram sua preferência por dispositivos alternativos de entrada de dados, como por exemplo, o microfone;
13. monotonia, demora na realização de tarefas de enviar e receber e-mails;
Se analisarmos estes resultados, as únicas dificuldades sentidas relacionadas com o facto dos utilizadores serem idosos foram dificuldades resultantes do deteorar da sua capacidade de visão, nomeadamente dos textos, dos ícones e do cursor, devido ao seu tamanho reduzido. De facto, todas as restantes dificuldades detectadas poderiam perfeitamente ser sentidas por qualquer utilizador sem necessidades especiais, que apenas não estivesse familiarizado com o sistema interactivo.
Após o trabalho de observação empírica, os autores do estudo chegaram a uma checklist (que pode ser consultada no url http://www.labiutil.inf.ufsc.br/acessibilidade/index.htm) que se resume ao seguinte:
- Compatibilidade
- Flexibilidade
- Legibilidade
- Controle do Usuário
- Agrupamento / Distinção por Localização
- Significados dos Códigos e Denominações
- Presteza
- Acções Mínimas
- Consistência
- Densidade Informacional
Esta checklist foi organizada segundo os critérios ergonómicos de Bastien & Scapin e, tal como as directivas do W3C, identifica qual a prioridade do cumprimento de cada norma, sendo 1 prioridade máxima, cujo incumprimento comporta falhas acentuadas de acessibilidade a um ou vários grupos de utilizadores, e sendo 3 prioridade “relativa”, já que o cumprimento dessas normas favorecerá a acessibilidade mas o seu incumprimento não compromete totalmente a acessibilidade.
Este estudo de Márcia Barros de sales e de Walter de Abreu Cybis é extremamente interessante pela sua análise das necessidades dos idosos, nomeadamente a perspectiva que dá do processo de envelhecimento e das alterações fisiológicas e cognitivas que ocorrem durante esse processo.
No entanto, a meu ver, apesar da checklist elaborada ser um bom começo para o estudo de questões de acessibilidade Web particularizadas às necessidades de um grupo de utilizadores, neste caso os idosos, o estudo acaba por ser apenas isso, um começo.
Para começar, não resultou num estudo muito eclético. De facto, para além da amostra de utilizadores tida em conta no estudo ser formada por elementos muito semelhantes, quer em termos de idade, quer em termos de estatuto social, por assim dizer (o que retira alguma significância estatística à amostra), o método de observação escolhido se calhar também não foi o melhor. De facto, a escolha de analisar a interacção dos idosos com uma ferramenta de e-mail acaba por ser um bocado fechada, porque acaba por não permitir observar a interacção dos utilizadores perante um leque mais diversificado de situações, o que seria útil para identificar outros possíveis problemas de interacção. Apesar da ferramenta de e-mail ter sido uma escolha compreensível, dado ser uma ferramenta extremamente útil e relevante no meio WEB, julgo que acaba por condicionar um pouco os resultados, já que as tarefas possíveis numa ferramenta de e-mail acabam por ser muito reduzidas se tivermos em conta toda a panóplia de tarefas possíveis em sistemas interactivos do mundo WEB. Assim, acaba por ser um pouco erróneo, a meu ver, depreender e generalizar as necessidades específicas de um dado grupo de utilizadores detectadas apenas através da observação da interacção com um sistema interactivo em que as opções acabam por ser muito reduzidas quando observadas da perspectiva geral da WEB. Porque não levar a cabo um estudo empírico melhor fundamentado, tendo em conta uma análise da interacção dos idosos com outros sistemas interactivos, atribuindo determinadas tarefas a serem cumpridas, o que não invalida a inclusão de vários tipos de sistemas interactivos WEB no estudo? Por exemplo, poder-se-ia fazer uma observação da interacção de um grupo de utilizadores previamente definido com uma ferramenta de correio electrónico, com um site de um organismo estatal e com um site comercial, por exemplo. Seriam assim três tipos de sistemas interactivos diferentes, que exigem também comportamentos diferentes dos utilizadores.
Para além disso, se analisarmos bem, a checklist também não apresentou nada que não estivesse já contemplado nas directivas para a acessibilidade do W3C (se é que acrescentam alguma coisa para além da intenção de proporcionar um guia menos generalista do que as directivas do W3C e de apresentar esse guia na forma de uma checklist, que até então não existia). As medidas sugeridas na checklist continuam demasiado “generalistas” para algo que pretendia ser uma checklist específica para idosos. Com efeito, se o objectivo era criar uma checklist específica para idosos, os aspectos focados na checklist deveriam ser mais aprofundados de modo a especificar melhor maneiras de ir ao encontro às necessidades deste grupo de utilizadores. Por exemplo, apenas as questões 8 e 9 relativas ao critério compatibilidade resultaram directamente da observação empírica da interacção do grupo de idosos com a ferramenta de correio electrónico, referindo-se à necessidade de verificar o tamanho e destaque do cursor nos menus (questão 8), assim como o tamanho dos elementos e da sua área de interacção para garantir maior facilidade de controlo pelo utilizador idoso (questão 9). De facto, como é explicado na checklist, “os usuários idosos com declínios visuais podem ter muitas dificuldades para encontrar a posição de um cursor de reduzido tamanho ou de formato esbelto, em um tela carregada de elementos”, do mesmo modo que “os usuários idosos com declínio em suas capacidades de controle motor fino, apresentam dificuldades para "acertar" sobre minúsculas áreas sensíveis de objetos de controles como links, botões de comando (…)”. Daí a relevância das duas qestões.
No entanto devo referir que, a meu ver, um bom estudo de público-alvo e respectivas necessidades conseguiria alcançar as mesmas conclusões que esta checklist. De facto, se estivermos a desenvolver um produto interactivo para um público idoso, sabemos de antemão que este público poderá ter problemas de visão e de motricidade, do mesmo modo que poderá não estar familiarizado com o meio, por exemplo. Tendo isso em conta, sabemos que deveremos ter cuidados especiais para que os conteúdos do produto interactivo possam ser acedidos pelo seu público-alvo, e um desses cuidados seria exactamente aumentar a área de interacção com os elementos do sistema interactivo, por exemplo.
Por isso, a checklist apenas regista algo que qualquer produtor qualificado de sistemas interactivos tem em conta à partida e, logo, não traz nenhuma inovação ao mundo da produção de sistemas interactivos.
Contudo, não pretendo com estas afirmações retirar ou menosprezar o valor que a checklist adquiriu. De facto, a checklist tem a vantagem de alertar os produtores de conteúdo web para não cair em generalizações erróneas de que questões de acessibilidade são algo direccionado apenas a pessoas portadoras de deficiência. Aliás, se esta checklist consegue trazer alguma inovação no contexto da acessibilidade, essa inovação sente-se exactamente no sentido de que pela primeira vez se tentou fazer uma lista de normas dedicada apenas a um grupo de utilizadores específico e não ao grupo de utilizadores com necessidades especiais no geral. Para além disso, a checklist tem a vantagem de agregar num só documento as informações relevantes para o contexto dos idosos contidas em documentos maiores (como as directivas do W3C), juntamente com a vantagem de nomearem os critérios ergonómicos a que dizem respeito, assim como a relevância e explicação da questão. Ora, isto faz da checklist uma ferramenta prática para avaliação de sistemas interactivos, mas não mais que isso, já que o facto de sistematizar a informação de outros documentos faz com que a lista se torne na mesma generalista e aplicável à maioria dos utilizadores com necessidades especiais e não aos idosos em particular.
Em jeito de conclusão, compete reafirmar-se que, para ser bem sucedida nos objectivos delimitados, a checklist deveria seguir no sentido de se tornar menos generalista e dedicar-se mais aprofundadamente aos idosos. Talvez um estudo com uma amostra mais significativa e com tarefas mais variadas fosse importante para identificar dificuldades que são mais específicas dos idosos e não dos utilizadores com necessidades especiais, quer físicas quer cognitivas. Não digo que seja tarefa fácil identificar essas necessidades específicas, já que, se repararmos, todas as necessidades que advêm com a idade, sejam elas dificuldade de visão, dificuldade de concentração e de memória ou dificuldades motoras, podem ser verificadas em pessoas que não sejam idosas, mas que tenham essas dificuldades. Por isso é que se mostra difícil conseguir uma lista específica para idosos apenas, já que as suas necessidades especiais são idênticas às necessidades de tantos outros utilizadores. Mas se esse objectivo foi traçado para esta checklist, para que esse objectivo seja alcançado há que arregaçar as mangar e ir muito mais além do que se foi até então e aprofundar o estudo no sentido de formular uma checklist mais específica dos idosos e não tão generalista como se apresenta actualmente.
Como vemos, existem inúmeras implicações da acessibilidade no processo de produção de conteúdos de suporte web. Apesar de haver uma multiplicidade de situações possíveis e provavelmente não ser possível solucionar todas elas na totalidade, um site, para ser realmente potenciador da acessibilidade, deverá dar resposta a vários grupos de incapacidade em simultâneo e, por extensão, às necessidades do universo dos utilizadores da Internet. Se esse objectivo conseguir ser levado a cabo, estaremos seguramente a caminhar no sentido de uma Sociedade da Informação mais justa e igual, em que pessoas com e sem necessidades especiais serão capazes de exercer o mesmo direito à informação.
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